Crônica: (Re)Engenharia do Rock: A CARTA

  • 03/08/2024
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: A CARTA

(Re)Engenharia do Rock

Leonardo Daniel

A CARTA

Erasmo Carlos e Renato Russo

Escrevo-te

Estas mal traçadas linhas Meu Amor!

Porque veio a saudade visitar meu coração

Espero que desculpes os meus erros por favor

Nas frases desta Carta

Que é uma prova de afeição...

Talvez tu não a leia

Mas quem sabe até darás

Resposta imediata

Me chamando de "Meu Bem"

Porém o que me importa é confessar-te uma vez mais

Não sei mais amar na vida mais ninguém...

Tanto tempo faz

Que li no seu olhar

A vida cor-de-rosa que eu sonhava

E guardo a impressão

DE que JÁ VI passar

Um ano sem te ver

Um ano sem te amar

Ao me apaixonar por ti

Não reparei

Que tu tivesse só entusiasmo

E para terminar

Amor assinarei

Do sempre, sempre teu...

Tanto tempo faz

Que li no seu olhar

a vida cor-de-rosa

Que eu sonhava

E guardo a impressão

DE que JÁ Vi passar

Um ano sem te ver

Um Ano sem te amar...

Ao me apaixonar

Por ti não reparei

Que tu tivesse só entusiasmo

E para terminar

Amor assinarei

Do sempre, sempre teu...

Escrevo-te

Estas mal traçadas linhas

Porque Veio a saudade visitar meu coração

Escrevo-te

Estas mal traçadas linhas

Porque Veio a saudade visitar meu coração

Escrevo-te

Estas mal traçadas linhas

Espero que desculpes os meus erros, por favor

Oooo... Meu Amor, Meu Amor

Oooo... Meu Amor, Meu Amor

ôo-ôo...

Análise Pessoal:


Em “A Carta” temos logo no inicio um tom formal de educação, e cortesia (Escrevo-te) que irá pela metalinguagem percorrer por toda canção que é uma carta, uma carta de amor, e como sabemos, pelo grande poeta Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) todas cartas de amor são ridículas, não seriam ridículas se não fossem de amor, mas ridículo mesmo é quem nunca amou, e não sabe e nem pode amar.

Espero que desculpes os meus erros por favor

Nas frases desta Carta

Que é uma prova de afeição...

Aqui nessa carta de amor o que vale é a sinceridade e o amor... já que: “veio a saudade de visitar meu coração”. E ele, o ser que ama, tem pressa em se declarar, afinal ele espera (resposta imediata/Me chamando de: ‘Meu Bem’), ele até chega falar que “Talvez tu não a leia”, porém é claro que ele quer que ela, ou ele leia, sim e o mais rápido, o menos tardar possível. Isto porque:

Não sei mais amar na vida mais ninguém...

E já faz tempo, muito tempo em que eles não se veem... (Um ano sem te ver/Um ano sem te amar). Um ano que parece tempo demais, uma década é capaz. Eles ainda se amam... e assim a vida passa a ter uma cor... uma cor-de-rosa vinda dos mais belos sonhos. E com isso, ele guarda a impressão de a ter visto passar, o mesmo tempo. Seria um alumbramento? Onde o ser amado está? Ele se apaixonou perdidamente e o ser amado tinha os pés mais no chão. (entusiasmo) que na versão original rimava com Erasmo, mas nessa versão com o Renato Russo, não tem a rima. “Seria uma rima, não seria uma solução” - Carlos Drummond de Andrade.

À guisa de conclusão:


A cortesia e delicadeza dessa canção chega a ser comovente, dispensando explicações e análises, mas preciso dizer que o que separou este casal foi o tempo, o passar do tempo, que sempre se finda na morte. Então o ser tão amado, pode já não estar mais aqui, até porque a força pujante da união feita por amor, só mesmo o episódio da morte pode afastar – E NÃO SEPARAR – quem realmente se ama. E essa linda carta de amor, não termina com um ponto final, ele continua junto às estrelas. Que é lá o seu lugar.

www.poetaleodaniel.com

Leonardo Daniel

17/01/2024


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