Crônica: (Re)Engenharia do Rock: TODA FORMA DE AMOR

  • 08/07/2024
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: TODA FORMA DE AMOR

(Re)Engenharia do Rock

Leonardo Daniel

TODA FORMA DE AMOR

Lulu Santos

Eu não pedi pra nascer

Eu não nasci pra perder

Nem vou sobrar de vítima

Das circunstâncias

Eu tô plugado na vida

Eu tô curando a ferida

Às vezes eu me sinto

Uma mola encolhida

Você é bem como eu

Conhece o que é ser assim

Só que dessa história

Ninguém sabe o fim

Você não leva pra casa

E só traz o que quer

Eu sou teu homem

Você é minha mulher

E a gente vive junto

E a gente se dá bem

Não desejamos mal a quase ninguém

E a gente vai à luta

E conhece a dor

Consideramos justa toda forma de amor

Eu não pedi pra nascer

Eu não nasci pra perder

Nem vou sobrar de vítima

Das circunstâncias

Você não leva pra casa

E só traz o que quer

Eu sou teu homem

Você é minha mulher

E a gente vive junto

E a gente se dá bem

Não desejamos mal a quase ninguém

E a gente vai à luta

E conhece a dor

Consideramos justa toda forma de amor

Análise Pessoal:


Em “Toda forma de Amor” temos um grito de liberdade contra todo tipo de preconceito. Por que te incomoda tanto aquele beijo? Em “toda forma de amor”, temos um grito contra a homofobia. A letra dessa canção vai além do que há de vicário na vida de Lulu Santos. Temos sim em mais uma letra uma chamada de consciência uma chamada de atenção; onde o que é idiossincrático é também o sonho de volição. Desta maneira, este eu existencial cuja existência é anti-homofóbica afirma que não pediu para nascer, e que não nasceu pra perder e sendo assim ele não vai “sobrar de vítima/Das circunstâncias”. Ele segue plugado na vida (on line nos dias de hoje) – mas ele afirma que foi ferido. Desde quando? De que forma? E por quem? – “Eu tô curando a ferida”.

Às vezes eu me sinto

Uma mola encolhida

O Lulu muda a letra nessa parte, ele passa a dizer “uma bala perdida”. Agora sim aparece o interlocutor (você) quando ele diz: “Você é bem como eu” há afinidade então... (Conhece o que é ser assim/Só que dessa história/Ninguém sabe o fim). E não é melhor não saber o fim?? E ele insiste na relação. Ao afirmar que “você” não leva pra casa... isto é um distanciamento, e só traz para casa o amor. E ele afirma: “eu sou seu homem” e “você é minha mulher”. Depois, ele também muda esta parte da letra. Ao afirmar: “Eu sou um homem você me diz qual é”.

E a gente vive junto

E a gente se dá bem

Longe dos preconceitos dessa gente careta e covarde. E com isso: ele e no mínimo com ‘o você’ não desejam mal a quase ninguém. Pois há uma minoria sim, recalcitrante que não merecem do uso e fruto dessa amizade. Mas mesmo assim eles vão (a gente) à luta e conhecem a dor... e enfim: “Consideramos justa toda forma de amor”.

À guisa de conclusão:


Nós devemos amar as pessoas como elas são... e não como deveríamos que elas nos fossem. A letra desta canção é um apelo em relação a isso tudo. O eu lírico se posiciona poeticamente onde antes só havia espaço para o debate político, cujo crivo é sempre muito pessoal, e consegue com isso alterar e alertar sobre o mal dos preconceitos que tentam ferir todas as formas de amor e de amar. Reflita um pouco leitor; nessa crônica; no porquê de você se incomodar tanto com seu comportamento de homofobia. Pois, isso pode revelar um grande conflito de foro íntimo. Dentro de você mesmo.

www.poetaleodaniel.com

Leonardo Daniel

28/12/2023


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