Crônica: (Re)Engenharia do Rock: FÁBRICA
- 27/09/2023
- 0 Comentário(s)
(Re)Engenharia do Rock
Leonardo Daniel
FÁBRICA
Legião Urbana
Nosso dia vai chegar
Teremos nossa vez
Não é pedir demais
Quero justiça
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões
Da fábrica?
O céu já foi azul
Mas agora é cinza
O que era verde aqui
Já não existe mais
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada
De tanto brincar com fogo
Que venha o fogo então
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais
Análise Pessoal:
Em “Fábrica” há a esperança de que o bem vai derrotar o mal, e quando esse dia chegar teremos a chance de termos justiça. Porque para se ter realmente um trabalho, tem que se ter paz. Podo fim a escravidão. Imposta pelos ladrões de almas. “Quem guarda os portões/Da fábrica?”. A natureza sente tudo isso. “De tanto brincar com fogo
Que venha o fogo então”. Com, isso o céu que já foi azul agora se perde em tons de cinza, e a vida exuberante que tinha aqui já não existe mais. Mesmo porque:
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
Nesse caso, a força do mais forte será a própria medida da sua condenação... Sabendo que: a indiferença é o contrário do amor (Temperada a ferro e fogo!).
À guisa de conclusão:
Quem é mais forte fazendo o mal, terá como resposta o próprio mal, as coisas ruins estão acontecendo e não há como fingir “que não acontece nada”. Pois, de fato acontece e eu sei quem guarda os portões da Fábrica (talvez é por isso que eu quis essa música). É por isso que o ar deixou a vista cansada, e para falar a verdade não é nada demais...
Leonardo Daniel
18/07/2023
