Crônica: (Re)Engenharia do Rock: GRAND’HOTEL
- 30/08/2023
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(Re)Engenharia do Rock
Leonardo Daniel
GRAND’HOTEL
Kid Abelha – Paula Toller
Se a gente não tivesse feito tanta coisa
Se não tivesse dito tanta coisa
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor grand' hotel
Se a gente não fizesse tudo tão depressa
Se não dissesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor
Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "bom dia"
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Se a gente não dissesse tudo tão depressa
Se não fizesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor
Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "bom dia"
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Só pra se viver
Ficar só
Só pra se viver
Ficar só
Só pra se viver
Análise Pessoal:
Em Grand’Hotel há um correlato, marcado pela forma: “Se a gente não tivesse [...]”, houve um erro, e, há uma denúncia do erro, mas ele foi do ser e das almas, não só das almas, e, o preço foi muito alto: (O nosso amor se transformou em "bom dia”). Há uma forte rotina, podem também ter exagerado a dose do que é normal, e se não tivessem feito o que era proibido, inventando uma nova forma de entrar no paraíso, (Se não tivesse inventado tanto) eles poderiam ter vivido um grande amor. Algo muito trágico aconteceu: “Um dia um caminhão atropelou a paixão” os dois que eram um, voltaram a ser dois.
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Sem o erro deles não haveria a felicidade dos outros, este é o segredo da felicidade, ou seja, é feliz quem faz feliz. No fim da jornada há sim que aprender a ficar só – só pra se viver... este é o sentido da realidade... um descanso na Capela da Alma (Grand’Hotel). No lugar de tanta pedra afundando na água. (Se a gente não tivesse feito tanta coisa).
À guisa de conclusão:
O Amor Grand’Hotel, é na realidade a Capela Mágica, na qual o iniciado esotérico, descansa depois de ter concluído uma parte importante do ensinamento gnóstico, no caso da música de Paula Toller, eles cometeram um erro, que tirou deles o direito de gozar da felicidade, vinda do descanso na Capela. E uso das faculdades psico-cognitivas. Quando o caminhão atropelou a paixão, tudo mudou, sem os carinhos, sem a atenção – o amor foi virando só amizade... e isto é ruim, afinal: “Qual o segredo da felicidade?”. Senão a reinvenção do Amor?
www.poetaleodaniel.com
Leonardo Daniel
16/07/2023
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